segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Deus ama o pecador

Deus ama o pecador e odeia o pecado: tal afirmação é verdadeira filosoficamente; contudo, Deus é uma personalidade transcendental, e as pessoas apenas amam e odeiam às outras pessoas.
O pecado não é uma pessoa.
Deus ama o pecador porque ele é uma realidade de personalidade (potencialmente eterna), enquanto, em relação ao pecado, Deus não assume nenhuma atitude pessoal; pois o pecado não é uma realidade espiritual, não é pessoal; portanto, apenas a justiça de Deus toma conhecimento da existência dele.
O amor de Deus salva o pecador; a lei de Deus destrói o pecado. Essa atitude da natureza divina mudaria, aparentemente, se o pecador afinal se identificasse completamente com o pecado, da mesma forma que a mente mortal pode também se identificar totalmente com o espírito Ajustador residente. Um mortal, assim identificado com o pecado, tornar-se-ia então inteiramente não-espiritual, na sua natureza (e, portanto, pessoalmente irreal), e por fim experimentaria a extinção do seu ser.
A irrealidade, e mesmo a incompletude da natureza da criatura, não pode existir para sempre, em um universo progressivamente mais real e crescentemente mais espiritual.

Retirado do livro de Urantia

Urantia Deus2

A existência da Trindade do Paraíso é um fato que não viola, de forma alguma, a verdade da unidade divina. As três personalidades da Deidade do Paraíso são unas, em todas as suas reações à realidade do universo e em todas relações com as criaturas. E a existência dessas três pessoas eternas tampouco viola a verdade da indivisibilidade da Deidade. Eu estou plenamente cônscio de que não disponho de nenhum idioma adequado para deixar claro, para a mente mortal, como essas questões do universo mostram-se para nós. Mas vós não deveis desencorajar-vos; nem todas essas coisas estão totalmente claras, mesmo para as altas personalidades pertencentes ao meu grupo de seres do Paraíso. Tende sempre em mente que as verdades profundas, a respeito da Deidade, irão clareando-se cada vez mais à medida que as vossas mentes, progressivamente, tornarem-se mais espiritualizadas, durante as sucessivas épocas da longa ascensão mortal, até o Paraíso.