Definição da Origem do Mal
O mal foi criado para o exilio daqueles que escolhem o caminho da ignorancia do conhecimento sobre si mesmo.
Não foi criado em prol de si mesmo, mas apenas como um instrumento de livre arbítrio.
É tolerado até o ponto em que serve a este propósito.
Para permitir a existência de seres que não seriam absorvidos e anulados na Fonte, Deus escolheu ocultar e retirar Sua luz para criar, por assim dizer, um "vácuo" onde os seres criados sentiriam sua existência independente.
Isso, de maneira bastante simplificada, é o conceito fundamental de tzimtzum (a ocultação e contração da luz Divina primordial, que é a pedra fundamental da Cabalá Luriânica).
O conceito de tzimtzum demonstra como uma criação monística pode levar a um dualismo aparente.
A ausência de luz, obviamente, abre uma possibilidade para a escuridão – ou mal.
Nossa tarefa é descobrir o esconderijo de Deus, por trás de um véu de escuridão.
A ausência de luz, obviamente, abre uma possibilidade para a escuridão–ou mal.
Nossa tarefa é descobrir o esconderijo de Deus, por trás de um véu de escuridão(?).
O mestre chassídico Rabi DovBer de Mezeritch certa vez encontrou seu filho pequeno chorando enquanto brincava de esconde-esconde.
Ele tinha se escondido, mas nenhuma das crianças o estava procurando.
Rabi DovBer começou a chorar também, e explicou ao filho que nosso Pai Celestial também está Se escondendo de Seus filhos, como está escrito: "Tu és um Deus que Se esconde" (Yeshayáhu 45:15), para que eles possam procurá-Lo – mas ninguém procura!(porque Deus escondenderia seus ensinamentos?).
O mal, por definição, é aquilo que oculta a verdadeira fonte da existência, o Criador.
O próprio termo para mal na Cabalá, kelipá, significa "concha" ou "casca".
É algo que não tem valor independente, exceto servir como uma cobertura para a fruta.
O mal foi criado para nos proporcionar a liberdade de escolha, que somente é possível onde há uma alternativa disponível para o bem. |
Se não houvesse a concha externa ocultando a verdade, seríamos obrigados a obedecer à vontade Divina. Se nos fosse negado o livre arbítrio, também nos seria negada a recompensa
De modo contrário, sem livre arbítrio não existe o mal.
Um animal matando sua presa para se alimentar não pode ser acusado de cometer uma maldade, porque ele não tem escolha a esse respeito. Ele foi criado por Deus com um instinto predatório e sem vontade própria. Da mesma forma, os anjos não podem ser considerados bons, porque foram criados para assim proceder. Somente os seres humanos possuem o livre arbítrio, e podem elevar-se acima dos anjos ou cair abaixo dos animais, dependendo das opções que fizerem.Contendo a sabedoria do monoteísmo absoluto, "Ouve, ó Israel, o Eterno é nosso D’us, o Eterno é Um", a mezuzá é o raio de luz brilhante que cega as forças do mal, negando-lhes o direito de entrada e as dispersando.Assim, vemos que sem o mal não há o livre arbítrio, e sem o livre arbítrio não há bem ou mal. O mal proporciona a prática do bem, no mesmo sentido em que um raio de luz pode ser visto somente num céu nublado.
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