sábado, 25 de janeiro de 2014
CONFLITOS & FELICIDADE TDAH
Sem amor compreensão e conhecimento profundo do que realmente é o TDAH, o ambiente familiar,escolar e todos os primeiros contatos sociais em que a criança habitar, o será uma árdua batalha de convivência.
O começo da jornada do conhecimento esta em querer aprender como pensa e como reage o individuo portador deste déficit.
Não podemos chamar de doença uma condição de extrema energia, é preciso encontrar juntos o caminho de condicionar esta energia para uma convivência harmoniosa.
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O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno
neuropsicológico com base biológica, decorrente de uma alteração nos
neurotransmissores.
A alteração no caso do TDAH está na liberação da dopamina e da noradrenalina.
Essa alteração prejudica o funcionamento do lobo frontal o que compromete as conexões com outras partes do cérebro.
O lobo frontal e suas conexões são responsáveis pela capacidade de manter a atenção,capacidade de se estimular sozinho para fazer as coisas, capacidade de manter essa estimulação ao longo do tempo, sem perder a energia e o interesse, dentre outras.
De acordo com o DSM 4 (Diagnostico and Statistical Manuel, 4th. Edition)1, existem três subtipos de TDAH: a forma predominantemente desatenta, predominantemente hiperativa/impulsiva e a forma combinada que é a mais comum.
Não existe um exame específico que identifique o TDAH, tornando o diagnóstico
sempre clínico.
Sendo assim, ele é feito de uma forma multidisciplinar em que a família e a escola, juntamente com profissionais habilitados (psicólogos, médicos, neurologistas) fazem o diagnóstico.
Comprovado o TDAH, é hora de a família, a escola e os médicos entrarem em ação.
Nesse processo, a escola tem papel fundamental visto que o transtorno é responsável por uma série de prejuízos médicos-sociais e principalmente dificuldades escolares (POSSA, SPANEMBERG, GUARDIOLA, 2004)2.
Crianças com TDAH são plenamente capazes de aprender e apresentam inteligência média ou acima da média, isso faz com que elas conheçam ferramentas de análises lógicas que a levem a condicionar as situações para um ambiente mais favorável ao seu conceito de bem viver.
Na família e na escola quando este fator é negligenciado começa uma batalha em nome da razão ,do certo e do errado, e a criança encontra um campo de batalha enorme na busca pelo controle e domínio do equilíbrio social.
1
MATTOS, Paulo. No mundo da Lua: Perguntas e respostas sobre transtorno do déficit atenção com hiperatividade em crianças, adolescentes e adultos.
São Paulo: Lemos Editorial, 2001
2
POSSA,M.de A; SPANEMBERG,L; GUARDIOLA,A. A comorbidade do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade em criança escolares. Arquivos
de Neuropsiquiatria, 2004.
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