domingo, 23 de março de 2014

lcarnitina

L-CARNITINA E SAÚDE CARDÍACA
A utilização do aminoácido L-Carnitina para o aumento do metabolismo de gorduras na musculatura é o objetivo maior dos usuários que praticam atividades físicas. Dentro das provas de longa duração, diversos atletas têm utilizado a L-Carnitina para aumento do metabolismo de gorduras e melhora do desempenho, sendo que os atletas russos fazem uso deste expediente há, aproximadamente, duas décadas.
A novidade reside na utilização deste aminoácido para a recuperação de pacientes cardíacos, os quais têm dificuldade na produção de energia a partir de gorduras em suas células cardíacas.
Testando a utilidade da L-Carnitina nesta situação, cientistas turcos utilizaram doses diárias deste aminoácido, obtendo em seus pacientes uma melhora do metabolismo energético e força de contração do coração.
FONTE DE ENERGIA
A Carnitina, um composto como a vitamina, estimula a quebra de ácidos graxos de cadeia longa pelas mitocôndrias (unidades produtoras de energia nas células). A Carnitina é essencial no transporte de ácidos graxos para a mitocôndria. A deficiência de carnitina resulta em concentrações diminuídas de ácidos graxos na mitocôndria e redução produzida de energia.
A Carnitina é sintetizada a partir da lisina no fígado, rim e cérebro. Sabe-se que apenas a L-Carnitina é biologicamente ativa, sendo que os ácidos graxos de cadeia longa só atingem a mitocôndria (local de oxidação "queima") se as concentrações de L-Carnitina estiverem adequadas à demanda imposta pelo catabolismo das gorduras.
Os ácidos graxos de cadeia longa são a fonte de energia preferida no tecido cardíaco bem oxigenado e assim, a função cardíaca normal depende das concentrações adequadas de carnitina. A suplementação com carnitina normaliza os níveis de carnitina cardíaca e permite que o músculo do coração utilize seu suprimento de oxigênio limitado com mais eficiência.
O coração normal armazena mais carnitina do que precisa, mas se o coração não tiver um bom suprimento de oxigênio, os níveis de Carnitina diminuem rapidamente. A suplementação com carnitina normaliza seus níveis no coração e permite que esse músculo utilize seu suprimento de oxigênio limitado com maior eficiência.
A L-Carnitina é sintetizada a partir de dois aminoácidos essenciais, Lisina e Metionina, num processo dependente das vitaminas hidrossolúveis ascorbato, niacina e peridoxina, e do íon ferroso.
Aproximadamente 75% das concentrações desta amina (L-Carnitina) é obtida através da alimentação. As principais fontes são as carnes, ovos, peixes e leite, sendo que a deficiência de L-Carnitina pode ser induzida por dietas que utilizam apenas cereais e grãos, ou outras fontes de proteínas vegetais.



DEFICIÊNCIA DE L-CARNITINA
Em geral, os sintomas e deficiências de L-Carnitina se manifestam pelo acúmulo de gorduras nos músculos, e anormalidades funcionais nos músculos cardíaco e esquelético. Estas desordens são manifestadas pelas baixas concentrações de L-Carnitina no plasma, músculo, e fígado. Entre os sintomas estão fraqueza muscular, cardiomiopatias e função hepática anormal.
A quantidade total de L-Carnitina estocada nos músculos gira em torno de 20 a 25 g, sendo que os rins reabsorvem aproximadamente 90% desta amina, o que garante sua concentração no organismo.
Em algumas situações como, por exemplo, indivíduos com problemas renais, que são submetidos à hemodiálise, a suplementação com L-Carnitina se torna uma necessidade, devido às grandes perdas ocorridas.
É atribuída a L-Carnitina a capacidade de proteção contra a isquemia cardíaca, talvez pelo seu efeito seqüestrador de radicais livres ou por sua capacidade de quelar o ferro, prevenindo a formação destes compostos.
ANGINA E CARDIOPATIA
Várias experiências clínicas demonstraram que a carnitina melhora a angina e a cardiopatia. As melhoras foram observadas na tolerância ao exercício e na função cardíaca. A capacidade de ampliar o desempenho físico pode não ser limitada aos pacientes com cardiopatia, porque também demonstrou-se que a suplementação com carnitina também é benéfica em individuas normais. O grupo tratado com Carnitina mostrou melhoras significativas na função cardiovascular em resposta ao exercício.
Comparado com o grupo controle, os indivíduos com L-Carnitina mostraram valores de ventilação inferiores e conseqüentemente, menor consumo de oxigênio e um rápido retorno da freqüência cardíaca de valores basais. Parece que a Carnitina foi capaz de mimetizar melhoras na função cardíaca pelo treinamento.
COLESTEROL
A Carnitina também aumenta os níveis de HDL, enquanto diminui os níveis de triglicérides e colesterol. É uma substância que participa no transporte dos lipídios, facilitando a utilização destes como fonte de energia.

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